Existe no interior de cada mulher uma essência divina onde reside o “Sagrado”, memórias relacionadas a uma ancestralidade, onde as mulheres usavam seus conhecimentos para o bem da coletividade, governando, curando, procriando e alimentando seu povo com ideais de justiça, fraternidade, generosidade, progresso e amor.
Esses valores foram se perdendo através dos tempos, por se tornar uma ameaça à sociedade patriarcal que começou a se definir a partir do surgimento das primeiras sociedades agrícolas.
Na Grécia, o “Sagrado” ressurgiu através da adoração a deuses e deusas, cada um representando um arquétipo, um comportamento da sociedade.
Identificamos nesse pantheon, várias deusas, cada uma com a sua característica que é intrínseca a cada uma de nós, mulheres: deusa da fertilidade Deméter, deusa do casamento Hera, deusa da guerra Atena, deusa do amor e da beleza Afrodite. Vale a pena ressaltar que outras civilizações tiveram suas representantes divinas. No Egito, Ísis deusa da magia, Nut a deusa mãe, Maat deusa da verdade e da Justiça. Na índia, Lakshmi, deusa do amor, da beleza e da prosperidade, Sáti deusa da felicidade conjugal e longevidade.
Cada deusa possui uma designação nos processos da explicação do nascimento e desenvolvimento, dos sentimentos, dos fenômenos naturais e até mesmo pós vida. A imagem feminina na forma de deusas está principalmente ligada à criação, origem e controle de tudo que remete a vida. Essa definição de que a mulher controla desde o nascimento até o fim da vida, tem ligação com o fato de que o sexo feminino é responsável pela gestação.
A nossa proposta é resgatar esse “Sagrado” de forma que a mulher entenda que em suas mãos está o poder, que usado com sabedoria e amor pode manifestar e dar à luz no plano físico, ideias trazidas de outros planos.
Compreender que não existe superioridade entre homens e mulheres, mas sim, de que todos os seres do Universo são diferentes uns dos outros, e que a felicidade dos seres consiste no conhecimento e na realização de suas identidades. Cada um com o seu modo de ser complementam-se através dessas energias, masculina e feminina.
Entender e vivenciar o “Sagrado” é despertar na mulher uma nova consciência voltada para si mesma, e compreender o seu papel na sociedade que se vislumbra em um futuro onde o amor, a fraternidade, a generosidade, a igualdade e a prosperidade sejam direitos de todos os seres humanos.
ESPAÇO TRIA/GRUPO CRYSTAL