Já aconteceu de um dia você acordar sem saber direito o que fazer ou para onde ir? Sentiu aquela urgente necessidade de mudar profundamente?
Chega um tempo em nossas vidas que sentimos a necessidade de mudar, ou seja, de casa, de relacionamentos ou mesmo internamente. Largar coisas velhas, enraizadas e profundas que não servem mais. Muitas vezes precisamos de mudanças em nossas vidas, para sentirmos motivação e continuar com vontade o caminho da evolução e, assim, nos tornarmos melhores em todos os aspectos. Mudar significa romper com tudo que parece estar estruturado, arriscando-se a enfrentar o desconhecido. A morte do velho para dar lugar ao novo. “mais vale o ruim conhecido que o bom por conhecer”, já diziam os antigos.
Cada movimento na vida, cada decisão, nos proporciona pequenas ou grandes mudanças. Fazemos muitos planos baseados nas expectativas dessas mudanças e às vezes quando elas não correspondem dentro do contexto de experiências positivas que esperamos, começamos a sofrer, nos frustramos. Quando algo interfere em nosso caminho, nos irritamos ao ponto de explodir de forma destrutiva e autodestrutiva. Mudar significa transformar a forma. Desprender-se da forma é como morrer para o antigo e renascer para o novo.
As mudanças são apenas pontos onde se encerram um ciclo em nossa vida e se inicia outro. A mudança é uma decisão compartilhada entre você e o Universo. Às vezes é você quem decide e às vezes é o Universo. Aprenda a lidar com todas as mudanças com leveza e flexibilidade, ampliando a sua percepção e redescobrindo novas possibilidades e experiências, e logo o Universo irá compreender que é você que conduz novamente os seus passos para onde você quiser.
Tenha paciência para ouvir, perceber para seguir os passos destas mudanças. Porém, às vezes, queremos conduzir a dança o tempo todo. Queremos controlar todos os passos dentro de determinados padrões de comportamento, realidades e expectativas. Mas algo muito profundo acontece que seria a morte do robô, do sinistro androide programado para sofrer. A partir daí recupera-se a essência do ser.
Queremos que o Universo dance conforme a música que escolhemos, esquecendo que a dança, como um processo de RECRIAR é dinâmica, ou seja, a música muda, os parceiros mudam e os passos devem mudar.
Muitas vezes você faz planos e tudo flui conforme as suas expectativas e de repente tudo para! Logo vem a frustração e o pensamento de que seus planos falharam, mas na realidade eles mudaram, você é que não percebeu. Seu parceiro de dança, que é o Universo, quer te guiar para uma nova realidade que na verdade é uma extensão dela, porém em uma direção diferente da qual você arquitetou. É interessante fazer notar que a dança que o leva a mudança é um meio de se libertar dos condicionamentos familiares e sociais. Este é o verdadeiro fenômeno da mudança, e o que podemos fazer é parar, observar e se perguntar: quais as mudanças que ocorreram e qual direção elas tomaram? Esta é a direção que o Universo quer conduzir a sua dança. Quando você compreende que a vida é uma dança entre você e o Universo, a sua vida começa a mudar. Você começa a perceber quando tem que parar de resistir e controlar, e permite que o Universo te guie com sabedoria.
É o momento da morte do robô programado e desconectado de si mesmo. Deixe que a conexão da sua essência se expresse! Aí acontece a metamorfose e viramos borboletas.
Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses – Rubem Alves